O início

O germe da idéia “morar na Austrália” surgiu a partir de uma sugestão do Kiko, um amigo mineiro a quem tanto amo e que também saiu de Belo Horizonte para morar em Brasília apenas 3 meses após minha ida em Setembro de 2000. Coincidência? Não, sincronicidade. Nós estávamos na beira do Lago Paranoá, num dia lindo de outono brasiliense, céu azul, nuvens “floquinho”, Astro-rei brilhando na medida certa e deixando lindos reflexos nas calmas águas do lago. O Kiko estava me contando sobre a Ju, amiga dele que mora há anos em Perth, oeste da Austrália, e simplesmente ama. E ele disse: “Ká, porque você e Diego não aproveitam o programa de imigração da Austrália?”. Eu achei interessante, comentei com Diego, mas ficou por isso mesmo. Talvez um ano depois (me desculpem, mas minha memória é tudo menos boa) a Juju (não a do Kiko), outra amiga linda e amada, a quem conheci após o meu processo de terapia (www.joanaefausto.com – site desenvolvido pelo meu maridão), e durante o dela, me disse numa conversa casual: “Kaká, eu vou fazer o curso de formação para ser professora Waldorf”, ao que eu prontamente, sem pensar, respondi: “Eu também!”. Esse era um momento em que apesar da proximidade do término do meu contrato temporário no Programa Monumenta do Ministério da Cultura, eu havia desistido da minha hiper ultra breve carreira de concurseira pública – estudei por apenas 3 meses para uma prova do MPU. Após o esperado insucesso no resultado da prova, me inscrevi num cursinho de Direito Constitucional de um professor conceituadíssimo, decidida a ter uma carreira estável, segura e bem remunerada na esfera pública. Ao fim da terceira aula, e após me perguntar várias vezes o que eu estava fazendo ali, fui pra casa do Diego desafogar a angústia que me massacrava por dentro. Me joguei nos braços dele, onde sempre encontro conforto e compreensão. Chorei, chorei e chorei. E também relutei. “Mas o que eu vou fazer da minha vida? O meu contrato vai acabar, vou ficar desempregada… bla… bla… bla…”. O Diego, calmo e sábio como sempre, apenas me disse: “Isso ainda não sabemos. Mas sabemos o que você não quer fazer. É um bom ponto de partida.” Nessa noite dormi tranquila, leve, aliviada por não precisar voltar àquela asfixiante sala de aula. Desse momento até a minha conversa com a Ju passaram-se alguns meses, durante os quais consegui aguardar tranquila e confiante o Universo me mostrar qual o caminho a seguir, o caminho da minha alma. E assim foi! Fui com a Juju conhecer a Moara (www.escolamoara.com.br/introducao.htm), única escola Waldorf de Brasília. Ah, foi lindo demais! Como boas cancerianas que somos, a cada sala de aula em que entrávamos, chorávamos e ríamos ao mesmo tempo, de pura emoção! Não tive dúvida alguma: eu certamente havia encontrado minha próxima profissão. Sempre amei crianças e através da Pedagogia Waldorf, a qual considera que somos também seres espirituais e respeita os ritmos de aprendizado das crianças, poderia dar a minha contribuição para tornarem-se adultos mais inteiros e seguros. Decidida então a tornar-me uma professora Waldorf, fui buscar mais informações sobre Antroposofia, ciência espiritual criada pelo austríaco Rudolf Steiner e base da citada pedagogia, e sobre o curso de formação de professores de São Paulo, no qual baseia-se o curso de Brasília. Durante minhas pesquisas, acabei deparando-me novamente com a Austrália e com as várias escolas Waldorf (aqui as chamam de escolas Steiner) espalhadas pelo país, algumas inclusive públicas (http://www.steiner-australia.org/school%20lists.html). Pronto! Juntei uma coisa com outra, meu curso de formação + programa de imigração da Austrália = nós iniciando uma nova vida na Oceania! Fui conversar com Diego e ele adorou a idéia de morar em outro país, conhecer uma outra cultura, arriscar-se.


7 Comments

  1. juliano

    God bless you 2!

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  2. Nina

    Valeu Ju 🙂 God bless you too!

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  3. Girlane

    Essa jornada já é um sucesso! Bom é irmos atrás do que acreditamos! Beijos!

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  4. Kiko

    Lindo aquele momento no Lago Paranoá!!
    🙂
    Que vida linda a nossa, né??
    Fico feliz por fazer parte dessa vida nova de vocês aí na Austrália!
    Beijuuuuuuuu

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  5. Nina

    oi amigoooooo! faz parte demais! a idéia surgiu exatamente dessa nossa conversa 🙂 te amo! saudades

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