Meu curso e como me tornei Nina

Estou simplesmente encantada com o meu curso! Cada novo aprendizado confirma a minha radical mudança de profissão e me faz sonhar com o momento em que estarei em sala de aula ensinando as criancinhas, ajudando-as a se tornarem seres humanos mais inteiros e amorosos. Somos uma turma de 42 alunos, dentre os quais apenas 6 homens. A grande maioria são australianos, mas há também dois sul-africanos, uma inglesa, uma chinesa, uma coreana, uma indonesiana e eu. No primeiro bimestre minhas matérias teóricas foram Evolução da Consciência, Desenvolvimento da Imaginação, Fases de desenvolvimento, Ciência do saber e Ciência Espiritual, e as matérias artísticas/práticas foram Cerâmica (fiz peças que amei! abaixo fotos de duas delas), Pintura, Artesanato (estou fazendo um lagarto de feltro), Contação de Histórias (tivemos que contar Três Porquinhos, Rapunzel, Branca de Neve – delícia!), Teatro (as aulas são fantásticas!! No fim do ano vamos representar “Sonho de uma noite de verão” de Shakespeare!), Euritmia (http://sab.org.br/euritmia/), Desenho de formas, Coral, Festivais e Ginástica Bothmer, todas com origem na Antroposofia desenvolvida por Rudolf Steiner. A cada bimestre temos três semanas de férias, e assim será por 2 anos.

Essa é a “Love seed”, ou semente de amor, e eu simplesmente me apaixonei por ela! Ela veio surgindo, lentamente, a partir de uma simples esfera de cerâmica e quando vi, começaram a surgir corações em vários angulos. Pedi ao Diego para tirar várias fotos para tentar mostrar todos os corações 🙂

Essa é a Summer! Também veio surgindo lentamente…

Me apresentei na escola como Nina, e é assim que todos me chamam aqui – acho lindo esse apelido, e é uma homenagem ao meu lindo afilhadinho Rohy, de quem sinto muitas saudades. Quando ele estava aprendendo a falar não conseguia falar Karina e me chamava (e ainda me chama) de Nina. Estou adorando ser Nina!!! Te amo Rohy, muito e pra sempre 🙂 Eu, Diego e Teo estamos com muitas saudades de você!

Rohy no quarto de meditação :)

Esse é o Rohy! É um menino encantador, sensível, inteligente, sábio.

Eu e Rohy, meu afilhadinho lindo!

Eu e Rohy

Nós em Recife

Meus abraços ficaram famosos na escola. Desde o início das aulas eu sempre chegava de manhã e abraçava calorosamente todos que cruzavam meu caminho. Algumas pessoas entregavam-se aos meus abraços, outras mantinham uma certa barreira. Mas eu continuava abraçando a todos. Hoje, após 2 meses de convivência, as pessoas vêm até mim me pedir abraço quando eu porventura não as abracei, já citaram meus abraços em uma roda de expressão de “destaques” do curso, e me compararam à Amma (http://www.amma.org/), a indiana considerada a santa do abraço e que viaja pelo mundo dando abraços que curam e é reponsável por um maravilhoso trabalho humanitário. Estou bem longe de desempenhar o compassivo trabalho da Amma, mas fico muito feliz em saber que meus abraços trazem alegria, conforto, alívio e também são cheirosos – sim!! Minha Colônia Mauá é um sucesso total aqui (http://www.jet.com.br/perfumesmaua/)!

Já tive momentos de muita emoção durante o curso. A primeira coisa que fazemos diariamente é cantar. Aprendi canções lindíssimas e que me tocaram muito, me fazendo derramar lágrimas de felicidade, que realmente lavaram minha alma. Semana passada (30 de março) cantamos as músicas que ensaiamos no coral para um grupo de idosos. Foi indescritível a energia de amor que se derramou sobre o ambiente. Em alguns momentos tive dificuldade de cantar devido ao nó na minha garganta. Mas também eram lágrimas de pura felicidade e amor. Outro momento inesquecível aconteceu no dia 22 de março durante o horário de almoço. Nosso horário na escola é de 9 às 14:30 e, portanto, fazemos lanche da manhã (que eles chamam de Morning Tea) às 10:45 e almoçamos às 12:15. Nesse dia, após o almoço, eu estava conversando com o James e a Angela sobre várias coisas, basicamente curiosidades deles sobre a nossa vida no Brasil. Até que o James me perguntou se eu queria voltar para o Brasil após o curso. Eu respondi que tenho vontade de ficar aqui por alguns anos se eu e Diego tivermos sucesso no nosso plano de tirar o visto de residência permanente. Durante o tempo que ficar aqui quero ganhar experiência trabalhando com a Pedagogia Waldorf e quem sabe realizar o meu sonho quando voltar para o Brasil. Eles ficaram curiosíssimos em saber qual é o meu sonho. E eu contei que nada me deixaria mais feliz do que poder abrir uma escola em uma comunidade carente do Brasil, pois as escolas Waldorf são caras e, portanto, não acessíveis à população de baixa renda, mas que era um sonho difícil de realizar, pois conseguir ajuda do Governo Brasileiro é tarefa árdua. Assim que terminei de contar o meu sonho, os dois estavam me olhando boquiabertos, ambos me mostrando os braços arrepiados de emoção (“Look Nina, we’ve got goose bumps!”), e me dizendo que tinham certeza que eu vou conseguir realizar meu sonho! Havia uma energia poderosa no ar, talvez nossos anjos protetores, nossos Eus Superiores, ou o nome que quisermos dar, mas o fato é que todos ficamos emocionados, eu chorei (claro!), agradeci a eles pelo especial momento e nos abraçamos para “selar” a energia de realização! Foi lindo! James até prometeu que vai fazer uma apresentação de mímica para as criancinhas na minha futura escola! Se o meu sonho vai ou não tornar-se realidade, o futuro dirá, mas uma coisa é certa: havia ali uma nutridora energia de amor, que nos envolveu e tocou nossas almas e corações. Obrigada aos nossos amigos espirituais que coroaram esse momento! Jamais esquecerei.


2 Comments

  1. rohy maia

    te amo nina

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    • Nina

      oi meu amor!!!!!!!!!!!! quantas saudades de vc!!! tb te amo tanto tanto tanto! fiquei emocionada lendo esse seu comentário…. estou longe mas sempre penso em você e te envio meu amor viu! téo te manda beijos, ele também sente muitas saudades!

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