Tsunami de lágrimas que salvam

Há cerca de uma semana eu vinha sentindo um desânimo esquisito. Cansada físicamente, dormindo mais que o normal e fazendo um esforço descomunal pra ir pra academia. Meu apetite minguou e comidinhas antes apreciadas com muito gosto me causavam um certo enjôo. Minha libido também diminuiu (ops!), o céu já não parecia tão azul, o canto dos pássaros não me causavam deslumbramento e as belas rosas não estavam mais me chamando pra êxtases odoríferos. Queria escrever o post contando sobre a nossa viagem mas a vontade estava perdida em algum labirinto sombrio. A sensação era de estar funcionando no automático, zumbizando. E foi só ontem que eu vi que a coisa estava mesmo muito escabrosa. Depois que Diego foi ensaiar, eu novamente fiz um mega esforço pra ir nadar, pois sabia que doses extras de endorfina seriam importantes. Nadei, fiz sauna, voltei pra casa, tomei um banho e sentei na frente do micro pra tentar escrever. Saiu nada. Peguei um livro pra ler. Nothing again. Tentei assistir um filme que tinha alugado e também não deu. Não conseguia achar graça em nada. Fiquei realmente preocupada com o vazio dentro de mim.  Percebi que não era um simples desânimo e nem cansaço. A única coisa que me tirou do meu torpor foi a “obrigação” de fazer almoço – e olha que eu amo cozinhar. Quando Diego chegou,  já fui logo fazendo saber: “Amor, tô bem não. Tô desanimada, sem vontade de nada… tô triste… com medo de continuar assim.”  Ele me olhou com o olhar mais terno do mundo e me abraçou. “Neguinha, mas qual é o motivo? Aconteceu algo? É algum buraco emocional?” Mas não era. A letargia não tinha origem palpável no agora e nem nas minhas agruras de infância. Muito pelo contrário, minha vida anda boa demais da conta. Ante a falta de razão pro meu desconsolo, o marido mais lindo do mundo me fez uma declaração de amor que jamais esquecerei. O amor que dele veio me emocionou muito e eu chorei uma tsunami. Lavei a minha alma. Depois de chorar a última gota e, pelo alívio sentido, concluir que não havia mais nenhuma marolinha de dor pra quebrar na prainha do meu coração, agradeci muito ao Diego. Ele ao me ver refeita era todo sorrisos. Depois de beijá-lo e abraçá-lo muito, fui pro meu sagrado espaço interno pra agradecer ao Eu Superior dele, e também ao meu, pela ajuda recebida. Enquanto me banhava em reverência, meu anjinho me fez lembrar de um exercício sugerido pelo Kryon e que já fiz algumas vezes (na íntegra logo abaixo). O objetivo é entrar em contato com a energia amorosa dos nossos guias espirituais. Sempre que o faço, sinto uma emoção profunda, minhas mãos formigam e quase sempre verto lágrimas de felicidade ao experienciar o amor incondicional dos nossos amigos espirituais. Ontem não foi diferente. Após o exercício, lembrei também que o Carlos Maltz ao fazer meu mapa astrológico natal, disse que eu sou muito sensitiva às energias circundantes nos ambientes, que a minha antena energética é muito eficaz: “você percebe e sente tudo o que se passa com as pessoas”.  Mas ele me alertou: “Cuidado pra não absorver as energias dos ambientes, preste atenção sempre, não seja ingênua. Quando não estiver se sentindo bem, perceba se é algo seu ou algo que você absorveu.” Não sei dizer se foi esse o caso da tristeza súbita que me acometeu, mas foi bom relembrar o conselho. O que sei é que hoje acordei eu de novo. Malhei, cozinhei, amei e escrevi com vontade. Nessa mesma ordem. O sol brilha novamente no meu coração!

Um exercício para tocar o «outro lado» do véu
Excerto de “Livro 1: Os Tempos Finais, de Kryon, canalizado por Lee Carroll”

Com os olhos fechados, imagine-se, de pé, sobre uma colina donde se vê o mar. Não há qualquer ruído excepto o das ondas e do vento. Fique aí até esvaziar a sua mente de tudo o que seja terreno. Se lhe parecer que sons ou música podem ajudar, cante algo para si mesmo, mentalmente, permitindo assim o surgimento de pensamentos pacíficos. Lentamente, imagine que o véu se aproxima de si e se detém a um metro, aproximadamente. Se não conseguir imaginar essa «cortina», chame-a que ela responderá, pois tem de acudir quando é chamada.

Agora, estenda ambas as mãos, como se desse as boas-vindas aos seus guias, situados do outro lado do véu. Pode estender as mãos, de facto, ou só na sua imaginação. Seja como for, mantenha-as estendidas, e espere. Ao cabo de poucos momentos, sentirá que as mãos aquecem ou que formigam ligeiramente. Quer isso dizer que, na verdade, estão a pegar nelas. Além disso, terá consciência de uma sensação arrebatadora que talvez o faça chorar. Essa sensação é de alegria e paz. O Universo está realmente ali, e o Universo importa-se consigo. Poderá «estender-se» através do véu e tocar nos seus guias. Eles são as entidades de serviço mais próximas de si, e amam-no ternamente. Estão aí em serviço de amor, são totalmente receptivas e sentir-se-ão muito contentes por poderem comunicar-se com o «resto de si», pela primeira vez. Registre o que estiver a sentir. Note que os respeita o suficiente para se «estender» até eles, pois, do ponto de vista deles, você é o exaltado. Por isso, estão aí para o servir.

Pare e desfrute da sensação de que os guias tomam as suas mãos, já que, com a sua imaginação, está a criar realmente energia de pensamento que permite uma nova comunicação. Uma vez que os pensamentos são verdadeira energia, aquilo que experimentar será muito real e não somente uma impressão percebida pela sua mente. Enquanto se encontra nesta alegria, sentirá desvanecer-se qualquer medo que sentia em relação a qualquer coisa terrena. Tomará um «banho de amor» que lhe proporcionará a paz e a sabedoria para passar pelos acontecimentos que tem de afrontar, durante a sua expressão no planeta. Inclusivamente, poderá chegar a sentir que se eleva acima da Terra.

Não permita que este contacto dure mais do que uns três minutos, pois mantê-lo por mais tempo cansará a sua alma, donde resultará tensão mental no dia seguinte. Acredite que permanecerá consciente do contacto durante horas. O brilho continuará consigo. Mas não faça isto mais do que uma vez por dia, pois não se trata de um exercício mental para despertar um sentimento positivo. O que está a fazer será tão real como qualquer outra coisa que faça durante o dia.

As flores buscam a luz. Nós também. (by Diego no jardim da nossa casa)


9 Comments

  1. Rita

    fields, sei que atualmente sua rotina é banhada por alegria. mas a tristeza existe, sem dúvida. não sei se é possível uma pessoa viver completamente e sempre feliz. negar as lágrimas da alma é o mesmo que impedir uma criança de chorar. a melancolia faz parte do espírito. de grandes tristezas nasceram igualmente grandes obras. sei que vc luta muito pela felicidade, e assim deve continuar. mas os dias nublados virão e são naturais. às vezes, prefiro deixar o rio turbulento correr e passar, do que procurar um barreira pra detê-lo. bjos!

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    • Nina

      ei querida, brigadim pelas palavras. eu jamais bloqueio tristeza, sempre choro tudo. essa foi estranha pois não tinha origem palpável… mas enfim, agora estou ótima!!!! beijos com muuuuuito amor

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      • Nina

        ah, e não acho q a melancolia faz parte do espírito, mas sim do ego..

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        • Rita Lopes

          AH, OK, do ego! vc é mais estudiosa que eu nesse aspecto. vou refletir. bjos!

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  2. tati

    amigaaaaaaaaaaaaa
    a vida é boa demais!!!! até nessas horas tiramos bons aprendizados!!
    seja feliz sempre e relaxe! nada melhor que um dia após o outro, com uma noite no meio, abracadinha com nosso amor rsrsrs!!
    te amo!! conte sempre comigo!!

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    • Nina

      amigaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! sim, aprendizados sempre! a vida é mesmo lindaaaaaaaa 😀
      adorei “com uma noite no meio, abracadinha com nosso amor”, é a mais pura verdade, me sinto afortunada por ter ao meu lado um companheiro tão especial, e sei q vc também! e como não existe tal coisa como sorte, é puro merecimento né minha amiga linda q tanto amo! muuuuuuuuuitas saudades!!!!!! beijos!

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  3. Vagaluminha

    Minha querida,
    Quero muito lhe agradecer por ter postado o “exercício para tocar o ‘outro lado’ do véu”. Eu estava num desses vazios e me lembrei dele, tentei repodusi-lo, mas sentia que faltava algo mais. E aí, então, resolvi procurar por ele… e achei!!! NO SEU SITE!!Que sincronicidade, hein, menina?
    E, para melhorar ainda mais as coisas… sou também mineira de “Belzonte”, com muito orgulho!!
    Obrigada, mais uma vez. Desejo muita felicidade para você e seu querido Diego!
    Valeu!

    Beijos de Luz,
    Vagaluminha

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    • Nina

      ei vagaluminha (q nomezinho bonitinho!)!!!! obrigada pelas suas palavras! é uma delícia saber que a internet nos conecta ao redor do globo dessa forma tão maravilhosa! esse exercício do kryon é fantástico, eu amo também 🙂
      sincronicidade mesmo: belo horizonte + kryon! o universo é mesmo perfeito!!!!! beijos e muita luz pra vc também, querida!

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  4. Vagaluminha

    Em tempo, retificomeu texto acima: leia, “reproduzi-lo”
    (Sorry)!
    Vagaluminha!

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