Viajando!

Nossa viagem de férias foi maravilhosa! Foram 15 dias aproveitados intensamente. Curtimos a mágica Ilha do Sul da Nova Zelândia e depois a região de Byron Bay, costa leste da Austrália. Coloquei links pras fotos que o Diego tirou. Tem também fotos do Fred, do Kiko e do Dani, com os devidos créditos.

E tudo começou assim…

Mais fotos de antes da viagem

Após o Natal, Kiko e Dani partiram rumo a Sydney e eu, Diego e Fred voamos pra Christchurch, Nova Zelândia. A idéia era reunir novamente a trupe dali a 3 dias na  Nova Zelândia.

Christchurch é a segunda maior cidade da Nova Zelândia depois de Auckland (população de cerca de 390mil, e 1milhão e 300mil, respectivamente). É uma fofura de cidade: construções antigas, muitos jardins, um rio que corre suave e corta o aprazível centro da cidade e,  recentemente, terremotos. Acordamos na madrugada do dia 26 de dezembro com o quarto do albergue sendo sacudido. Foi assustador. O recepcionista do albergue nos disse que poderíamos ficar tranquilos, pois o prédio era preparado para suportar tremores bem mais fortes. Tranquilos foi algo que definitivamente não ficamos, pois a esse primeiro tremor seguiram pelo menos mais uns 6 no decorrer da noite. No dia seguinte fomos tomar café da manhã num prédio antigo e saímos de lá correndo quando a terra tremeu muito mais forte que na madrugada e pedacinhos do teto começaram a cair. Meu coração parecia um bumbo de tão forte que batia. Eu nunca tinha passado por situação parecida e fiquei impressionada com a força de Gaia. Esse tremor atingiu 4.9 de magnitude e nem me deu vontade de imaginar como deve ter sido o do dia 5 de setembro de 2010, cuja magnitude foi de 7.1. Esse último causou muita destruição nessa linda cidade. Passado o susto, Fred foi apreciar a maravilhosa exposição do Ron Mueck,  e Diego e eu fomos buscar o carro que havíamos alugado. Saímos de Christchurch por volta de 1 da tarde rumo a Akaroa, que fica a cerca de uma hora e meia de viagem.

Mais fotos de Christchurch

Quase chegando a Akaroa fomos surpreendidos pela extasiante vista da enseada que banha a região. Tomamos um café no Hilltop pra curtir mais a paisagem e conversar com umas cabras simpáticas que pastavam por ali. Vimos também muitos rebanhos de saudáveis ovelhas por todo o país. Akaroa é um simpático vilarejo de cerca de 600 habitantes. Fica na beira da enseada de mesmo nome e uma das principais atrações turísticas são passeios para nadar com os golfinhos da espécie Hector, somente encontrados na Nova Zelândia. Eu tenho uma paixão enorme por esses mamíferos, e um acalentado desejo de poder tocá-los e nadar com eles, como já fiz em sonhos.  Ainda não foi dessa vez, pois os passeios não eram baratos, mas o sonho continua na minha top lista de things to do. O albergue de Akaroa era muito aconchegante e a noite que passamos lá foi bem agradável. Fred fez sucesso com o violão, tocando bossas brasileiras que sempre agradam aos gringos. Saímos de Akaroa no início da tarde do dia 27 rumo a Kaikoura, que fica a cerca de 4 horas de viagem. Dirigir pela Ilha do Sul da Nova Zelândia é uma atração em si, pois as paisagens são sempre lindas. Há uma aura de magia pairando por toda parte.

Mais fotos de Akaroa

Chegamos a Kaikoura por volta de 8 da noite, e como o Astro-Rei ainda estava de pé, pudemos ver a beleza da cadeia de montanhas que circunda a cidade. O albergue em que nos hospedamos tinha uma piscina e uma banheira de hidromassagem com vista pras montanhas. Nessa noite conversamos um bocado com um simpático kiwi, apelido pra neozelandês, que estava tocando e cantando no restaurante em que jantamos. Ele é mais um estrangeiro apaixonado pela riqueza da música brasileira. Os neozelandeses receberam esse apelido a partir da ave de mesmo nome, símbolo do país. No dia seguinte fizemos uma caminhada pela costa e ficamos encantados com a beleza dessa cidade de cerca de 4 mil habitantes. De um lado as suntuosas montanhas com picos eternamente nevados e do outro campos dourados e um mar azul cristalino. Na beira do mar várias focas preguiçosamente tomavam banho de sol e nos deixaram chegar bem pertinho delas (menos de 1 metro). Kaikoura é pura magia, oferece diversas opções de ecoturismo e é certamente um lugar pra curtir com mais tempo, algo que não tínhamos. Saímos de lá por volta das 2 tarde do dia 28. Destino: Picton, onde buscaríamos Kiko e Dani  que chegariam de Wellington, capital da Nova Zelândia, no fim do dia.

Mais fotos de Kaikoura

Chegamos em Picton e nada de Kiko e Dani. Acessando meu email, descobrimos que eles não tinham ido. O visto do Dani permitia que ele fizesse múltiplas entradas na Austrália mas apenas até o dia 29 de dezembro, e como nós voltaríamos pra cá apenas no dia 01 de janeiro, eles não puderam sair. Portanto, aviso aos navegantes: quando vierem pra cá e quiserem visitar países próximos e retornar à Austrália, é importante observar a data limite de entrada nesse último. Bem, passada a decepção inicial de não tê-los conosco no resto da nossa viagem por esse mágico país, resolvemos acreditar que nada acontece por acaso. No email eles contavam que estavam bem em Sydney e que nos encontrariam em Brisbane no primeiro dia de 2011. Seguimos então rumo a Nelson, onde ficamos 2 dias. Nelson possui uma população de cerca de 60 mil habitantes e é onde fica o Abel Tasman Park, reserva natural de floresta na beira de um mar límpidamente verde. Fizemos uma caminhada de 4 horas dentro do parque, que é lindíssimo, mas é necessário de 3 a 5 dias pra fazer a trilha completa. Outra opção é alugar caiaque.

Mais fotos do Abel Tasman Park

Saímos de Nelson no dia 30 rumo a Queenstown, uma viagem de 900km. Passamos por paisagens lindíssimas na costa oeste do país, vários túneis a beira-mar, um verdadeiro espetáculo pros olhos da alma. No caminho, paramos pra visitar as Pancake Rocks e a geleira eterna em Fox Glacier. Essa última nos deixou extasiados. Diante daquela obra de arte de Gaia, tirei um momento pra entrar dentro de mim e agradecer ao Universo por tudo. Foi emocionante.

by Fred

Mais fotos das Pancake Rocks e Fox Glacier

Com todas as maravilhosas paradas pelo caminho, acabamos chegando a Queenstown pouco antes da meia-noite do dia 30. Corpos cansados, mas almas renovadas, alimentadas por beleza atrás de beleza. Queenstown é a cidade mais linda que já conheci. Fica à beira do calmo, imenso e cristalino Lago Wakatipu (o mais longo do país, com 80km de extensão) e é circundada pelas majestosas Remarkable Mountains. E elas são mesmo extraordinárias. Das cidades que visitamos na Ilha do Sul, Queenstown foi a mais inquieta e divertida. Há uma especial aura de encantamento agitando essa charmosa cidade. Conhecemos pessoas interessantes, dançamos, pilotamos um carrinho de rolimã invocado numa pista a 800 metros acima do chão com vista pras montanhas, Fred saltou de paraglider, e demos as boas vindas a 2011 numa felicidade contagiante. No dia primeiro de janeiro bem cedo voamos pra Christchurch e de lá back to Austrália, mais especificamente pra Brisbane, onde a trupe, enfim, estaria novamente completa.

Mais fotos de Queenstown

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Reencontrar Kiko e Dani foi uma delícia! Ficamos felizes em saber que eles curtiram bastante Sydney e também tiveram um reveillon maravilhoso. Ficamos em Brisbane apenas uma noite, o necessário pra alugar um carro e seguir rumo a Byron Bay, onde ficamos 6 longos e perfeitos dias e noites. Depois do corre-corre que foi percorrer mais de 1.600 km em 6 dias, pudemos relaxar. O albergue ficava praticamente na beira da praia e a 5 minutos de caminhada dos agitos noturnos. Byron Bay possui cerca de 9mil  habitantes, mas no verão esse número chega a aumentar 300%. É o ponto mais oriental da Austrália e um dos  destinos mais procurados por turistas australianos e estrangeiros. Eu amei a cidade. Praias de águas mornas e cristalinas, bares e restaurantes super charmosos, pessoas interessantes, e um farol de onde se tem uma vista linda do Pacífico e de onde vimos um animado grupo de golfinhos no nosso último dia de Byron. Ouvi dizer que de lá também avistam-se baleias. Vi várias pessoas fazendo o jogging matinal ali, pois o farol fica apenas a 3km da Main Beach, região central da cidade. Fiquei me imaginando morando em Byron Bay e fazendo minha corrida diária nesse cenário paradisíaco. Antes de dar adeus a esse charme de lugar e voltar pra Melbourne e matar saudades do nosso cantinho, tomamos café perto do albergue e Fred trouxe pra mesa um livro imenso de 1000 respostas, desses que você faz uma pergunta e abre a página aleatóriamente pra saber a resposta. Nós todos o fizemos por diversão. A pergunta que automáticamente brotou de mim foi se eu ía morar em Byron Bay. A reposta foi “Wait”. Diego perguntou a mesma coisa e o simpático livro respondeu “It could be extraordinary”. Well, a vida dirá, mas é assim que começam as co-criações!!!

by Dani

Mais fotos de Byron Bay

E as fotos após nossa volta a Melbourne!

Eu tive que carregar as fotos em baixa resolução. Para aqueles que amam fotografia, o marido mais lindo desse mundo selecionou as melhores fotos que ele tirou e postou em alta resolução aqui!


6 Comments

  1. sol e lua

    amei… ka . ki maravilha….nossa vcs sao carajosos eu teria maorrido de medo dos tremores… bjs

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    • Nina

      ei querida, sim, foi mesmo assustador. beijocas!

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  2. Eugênia

    Ka, acabei de ler e viajei com vocês! Você escreve muito bem, muito gostoso! Depois, pode transformar isso em um livro, contando todas essas experiências que estão vivendo! E juntar as fotos do Diego. Não tenho o que dizer, só quero ficar olhando a beleza dessas fotos!!!! Parabéns Diego, sou fã, muito fã de suas fotos. Só desejo que o mundo um dia reconheça o seu talento! Quero estar presente ao vernisage de sua exposição, não esqueçam de me avisar!!! Ah! No lançamento do livro também! Vocês estão lindos! Um brilho maravilhoso no olhar… Bom ver o Kiko também! Beijos, Eugênia

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    • Nina

      ei minha amiga linda e mais power de todos os tempos! que delícia ler tantos elogios, quanto amor nas suas palavras, obrigada!! pois é, eu tô amando escrever e outras pessoas já me falaram q eu poderia escrever um livro… quem sabe né!? diego ficou muito feliz com os elogios também e manda muuuuuitos beijos! e o brilho no olhar, amiga, é fruto de um amor conquistado e curtido ao máximo, uma delícia mesmo! te amo querida, muitos beijos e saudades! ano que vem te vemos aí no brasil – se vc não vier aqui antes disso né!

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  3. Cabela

    Lindas fotos … confundi tudo, Ze! Eu morei em Auckland … no norte … andei pelas redondezas de la … não fui a ilha sul … Adorei o relato! Bjosssssssssss

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    • Nina

      ei cabelita, pois é, tenho muita vontade de conhecer a ilha do norte também, é um país mágico não?! beijos e muitas saudades!

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