Nutrir a alma é preciso

Amei fazer a purificação dos 21 dias. A limpeza interna do corpo físico aliada à prática diária de meditação (duas vezes por dia) me deixaram realmente muito mais leve. Eu acordava às cinco da manhã, tomava dois copos de água, fazia os exercícios de kryia ioga, meditava,  e ía fazer café da manhã cantarolando o mantra do dia – foi uma delícia criar novas canções a cada dia. Eu caminhava pro ponto de ônibus agradecendo ao meu Eu Superior, às minhas células, e imaginando raios de luz que saíam da base dos meus pés e banhavam o solo australiano, mandando assim o meu amor a essa terra que hoje me acolhe. E cantava, cantava, cantava! No fim do dia eu meditava novamente, e antes de dormir desenrolava cada acontecimento do dia na minha mente, de trás pra frente, do último até o primeiro – prática sugerida pelo Lucidor Flores, criador da purificação dos 21 dias, e também sugerida pelo Rudolf Steiner há cerca de 100 anos atrás. E assim fui nutrindo minha alma e meu corpo físico de coisas boas. E fui me sentindo zen, leve, fluida. E essa sensação interna exteriorizou-se, pois teve um dia que Diego chegou em casa do trabalho, olhou pra mim e disse “Amor, você está iluminada!” E eu me sentia mesmo abundante em luz!

Pois bem, o dia 21 de março chegou e com ele também chegou o fim da purificação. Voltei a comer carne que eu amo tanto, a tomar café que eu também amo e a comer chocolate meio amargo que pra mim é o céu na Terra. E não posso esquecer do vinho, ah, o vinho… Parei de meditar, pois dei ouvidos ao meu ego inferior que, firme, decidiu “5 da manhã não dá, é muito cedo…” Ah, mas eu podia meditar à noite, não? Podiaaaaaa! Mas meditei? Não, minha gente, não meditei. Exercício de kryia ioga? hein? kryia o que? Pois é, o negócio degringolou mesmo. Mas logo meu Eu Superior começou a me cutucar e eu sonhei que “tinha morrido e o meu espírito habitava uma casa com outros espíritos. Nessa casa viviam seres humanos, e nós espíritos precisávamos nos esconder deles, não podíamos ser vistos. Era algo imposto por um senhor bem idoso (meu velho ego negativo?) Nos escondíamos em cantos escuros, apertados. E também não podíamos ser ouvidos. Um belo dia, já muito cansados e humilhados com a situação, nos reunimos e decidimos que iríamos lutar pela nossa liberdade. Custasse o que custasse, nós espíritos iríamos nos deixar ver e ouvir. Não queríamos mais viver escondidos pelos cantos escuros!!!” Amei o sonho e achei o significado claro como água de nascente: minha espiritualidade está lutando pra se libertar. E também pra conviver com o humano, com o terreno. Assim como alimento e limpo meu corpo físico, preciso alimentar e purificar a minha alma, preciso nutrir o meu espírito, dar a ele voz e espaço.

Toda essa experiência me fez recordar que é muito fácil e cômodo manter-se atado a padrões estabelecidos durante toda uma vida, pois a eles estamos acostumados. Estabelecer novos hábitos requer disciplina e dedicação. Muita disciplina e muita dedicação. E bastante bom humor – esse deve estar sempre presente. Até que o novo hábito torne-se natural e os benefícios incorporados transmutem o velho em novo. Eu já vi isso acontecer com muitos dos meus padrões emocionais negativos – funciona.

E pra concluir essa conversa, voltei a meditar. De manhã bem cedo, pois é minha hora preferida. Já começo o dia sintonizada com minha essência – e isso faz uma diferença tremenda. Ainda não medito todo dia, mas também não me cobro, sigo com calma e no meu ritmo. Estou antenada em meditações ativas através da dança, e sei que já já o Universo me manda algum sinal. Continuo comendo carne, chocolate, tomando café e vinho – com moderação, que fique claro. Mas também ingiro bastante legumes, verduras, frutas, grãos integrais, castanhas, iogurte, ou seja, provejo comida de qualidade pra que meu organismo seja capaz de lidar com os eventuais desequilíbrios. E continuo fazendo exercícios físicos, os quais amo. Também continuo reverenciando Gaia e seus espetáculos. E agradecendo sempre ao meu Eu Superior por tanto amor e cuidado dispensados ao meu ser terreno. E a vida segue linda…


6 Comments

  1. Mauricio Miranda Sarmet

    oi Nina!

    Algum dia conseguirei meditar também. Morro de vontade, mas não sei como… hahahah aí já viu, né?

    Muitas saudades do lado de cá.

    Beijos,

    Mau

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    • Nina

      ei mau querido! muitas saudades tb 🙂 quanto a meditar, não tem segredo não, amigo, é só começar! de qq forma, eu tô sabendo de uma meditação ativa aí em bsb chamada radastakakaya que eu faria com certeza e me parece q acontece no parque olhos d’agua, pertinho de vocês. vou pegar o contato e te mando por email.
      beijos muitos pra vc e sua família linda!

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  2. Renatinha

    Amei seu post … Diego tem razão: Vc é/esta iluminada!!
    Saudades cada vez maiores!
    PS: Já te falei que vc me inspira né, Cabelita?!
    Bjo
    Zezita

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    • Nina

      brigada zezita q eu amo tanto! estaremos sempre nos iluminando mais e mais né, é um caminho sem fim 🙂
      amei te ouvir hoje, matar saudades da sua voz! te amo zé! beijos

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  3. lucidor

    Querida nina
    obrigado, por o relato e a sinceridade…..de verdade que esta vida e de encontros e estrelas………..
    um abrazo leve en teu coração
    lucidor

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    • Nina

      ei lucidor, que surpresa boa ter você por aqui! eu é que agradeço as dicas preciosas da purificação dos 21 dias, me fez muuuito bem. e sim, essa vida é muito preciosa e linda! outro abraço com amor pra vc.

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