Vale do Pati na Chapada Diamantina

Em julho de 2014 eu e Diego visitamos o Vale do Pati, localizado no Parque Nacional da Chapada Diamantina na Bahia. Iniciamos a caminhada de 3 dias pelo vilarejo de Guiné guiados pelo querido Rockão, o qual tem excelente conhecimento das trilhas da Chapada e também da rica flora e fauna – super recomendamos os serviços desse baiano “prime”!

A Chapada Diamantina é para aqueles amantes de trekking que estão em busca da magia que ocorre quando nos desconectamos do mundo digital e nos conectamos com a natureza nua e crua. Não há sinal de internet e não há energia elétrica, e isso por si só já é uma benção. As paisagens são estonteantes, há cachoeiras lindíssimas e uma variedade imensa de pássaros (tivemos  um encontro épico com um beija-flor) e flores cósmicas. E os pores-do-sol, ah… não consigo achar palavras pra descrevê-los… o que sei é que  quando a luz laranja-dourada reflete nos paredões de pedra, a alma sorri e não dá vontade de sair dali nunca mais.

Os pousos oferecidos pelos poucos habitantes que moram em locais estratégicos do parque oferecem hospedagens simples mas super confortáveis – lembre-se que não há energia elétrica, logo os banhos são frios, uma dádiva após um dia inteiro de caminhada; mas se você pedir com jeitinho, eles esquentam um balde de água pro seu deleite. E a comidinha vem direto da horta de cada pouso, é feita em fogão de lenha e esbanja sabor e amor, um mimo só.

No primeiro dia caminhamos cerca de 19km passando pelo Mirante do Pati, Cachoeira do Funil (banho maravilhoso!) e depois rumamos ao pouso do Seu Wilson. No segundo dia caminhamos cerca de 11km: subimos ao topo do Morro do Castelo (1.520m acima do nível do mar), uma subida íngreme e cansativa mas que vale todo o esforço, e depois caminhamos até o pouso da Dona Raquel. No terceiro e último dia caminhamos cerca de 25 km: saímos da Dona Raquel rumo ao Cachoeirão (por cima) e de lá retornamos a Guiné passando novamente pelos Campos Gerais. Na entrada de Guiné já havia um taxi esperando por nós pra nos levar pra Lençóis, onde dormimos uma noite antes de voar de volta pra Salvador. Tudo organizado pelo Rockão de forma impecável.

Quando entramos no carro que nos levaria pra longe do Pati, eu chorei. O sol estava se pondo, o paredão de pedra tingido de laranja e meu coração já transbordando de saudades desse fascinante canto do Brasil. Certamente voltaremos e da próxima vez faremos um trekking mais longo pra explorar o Vale do Capão. Ainda não sabemos quando, mas como sábiamente diz nosso amigo Rockão, “a esperança é a única que não morre.”

Clique na primeira foto pra ir pra galeria + descrição!

 

 

 


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