Sydney é nossa nova morada

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Dee Why, NSW: nosso novo canto.

 

Eu sempre quis morar na praia. Apesar de ter nascido e crescido em Minas, e ser apaixonada por suas montanhas, rios e cachoeiras, meu coração sempre pertenceu ao mar. Desde pequenina, as férias escolares de janeiro eram sempre passadas em Guarapari, no litoral do Espírito Santo. Passado o natal, íamos todos pra casa de praia dos meus avós pra desfrutar um mês inteirinho ali. Primos e primas de primeiro e segundo grau, tias, tios, tios-avós, bisavó, bisavô e amigos afins. Era uma festa: atravessávamos a rua de paralelepípedos da casa da minha avó pra casa da minha bisavó como se fosse extensão do nosso quintal. E a praia estava a meros 100 metros de distância.

Praia do Morro, Guarapari – ES

Foi ali na Praia do Morro que aprendi a pegar jacaré. Minha tia caçula começou a me ensinar desde cedo. Primeiro aprendi a pegar ondinhas com prancha de isopor, as quais minha avó tinha o super cuidado de cobrir com tecido de algodão pra que eu e meus primos não ficássemos com assadura na barriga – minha avó foi sempre muito carinhosa conosco. Com o passar dos verões, aprendi a furar ondas que às vezes pareciam imensos e assustadores paredões de água. Quando minha tia percebeu que eu já não sentia medo de correr em direção à onda e furá-la antes que ela quebrasse em cima de mim, ela me ensinou a escolher o momento certo de pegar a onda, dando braçadas fortes, e me deixar ser levada até a areia, sem prancha. Aquilo foi a glória da vida!

Tomei muitos caldos e caixotes, pois destemida que era, pegava ondas enormes pro meu tamanho miúdo, e várias vezes me embolava na onda, engolia água e me ralava toda na areia. Mas levantava com um sorriso no rosto e me jogava de novo nos braços de Iemanjá rumo a mais um jacaré. Ficava horas nesse vai e vem. Pra mim, o mar sempre foi sinônimo de diversão. Dentro da água, me sentia una, uma totalidade orgânica com a imensidão azul. Pro mar eu me entregava inteira e dele recebia vida.


Papo de criança é tudo #10

Eden e Millie são inseparáveis. Nesse dia estavam brincando de casinha: a Millie era a filha e a Eden era a mãe. Elas ficaram nessa brincadeira uns bons 10 minutos, até que a Millie quis mudar de brincadeira:

-Eden, agora eu vou ser a mãe e você vai ser o cachorro da casa.
-Ah não, Millie, eu vou ser a mãe e você vai ser o cachorro – retrucou a Eden. Mas a Millie não abriu mão:
-Mas Eden, eu tive a idéia primeiro, eu quero ser a mãe.

A Eden pensou um pouco e respondeu, saltitando pela sala:

-Ótimo, eu quero ser o cachorro, afinal nunca fui um cachorro na vida real.

Beaudy e Finn estavam conversando no jardim.  O Finn contou pro amigo que o cachorro do primo dele tinha morrido, ao que o Beaudy respondeu:

-Meu cachorro nunca morreu, nem uma vez ainda.

Mirrin é descendente de asiáticos e, portanto, tem cabelo preto e lisinho. Por várias vezes ela sentava no meu colo e ficava acariciando meus cachinhos. E sempre me perguntava:

-Porque seu cabelo é cacheado?
-Porque meu pai tinha cabelo cacheado, Mirrin.

Ela sempre ficava pensativa e depois perguntava:

-Mas porque o meu cabelo não é cacheado?
-Porque tanto o seu pai quanto a sua mãe têm cabelo liso. – E ela sempre finalizava o assunto expressando o desejo de ter cabelo cacheado. Até que um dia, após a cena toda se repetir mais uma vez, ela acrescentou:

-Eu queria mesmo é ter cabelo cacheado e da cor do arco-íris!

Elias e Louis estavam ocupadíssimos construindo um prédio no quintal. O canteiro de obras consistia de pás, tábuas de madeira, gravetos, pedras, carrinho de mão do tamaninho deles e cimento de lama e água. Num determinado momento, Elias sugeriu:

-Louis, vamos na loja comprar as janelas e as portas? – Mas o Louis estava muito ocupado levantando uma parede de pedras e respondeu sem nem levantar os olhos:

-Elias, será que dá pra deixar pra comprar isso no ano passado?

Era o meu primeiro dia trabalhando num jardim de infância Waldorf aqui em Sydney, o que é uma benção, pois estamos nessa cidade linda há apenas 3 semanas. René, um menino de constituição pequena e um brilho super vivaz no olhar, veio caminhando decidido na minha direção, segurou ambas as minhas mãos e me disse sorridente:

-Hoje é o seu dia de sorte!!!
-Que maravilha, René!
-Você sabe porque hoje é o seu dia de sorte?
-Não, René, não sei. Porque hoje é o meu dia de sorte?
-Porque hoje você vai brincar comigo e ser a minha melhor amiga!

Jarrah estava bastante irrequieto na hora do descanso que as crianças fazem após o almoço. Ele estava deitado no colchãozinho dele mas não parava de falar. Eu deitei ao lado dele e falei bem baixinho, quase sussurrando:

-Jarrah, algumas crianças já estão dormindo, nós precisamos fazer silêncio senão elas vão acordar.

Ele parou de falar na mesma hora e ficou olhando pra mim com interesse, até que falou bem baixinho:

-Você tem quatro olhos.
-Ué Jarrah, quando eu olho no espelho só vejo dois.
-Não, você tem quatro olhos. – retrucou de forma segura. Apontando o dedinho primeiro pro meu olho esquerdo, ele disse: – Um olho, dois olhos (apontando meu olho direito), três olhos, quatro olhos (os dois últimos apontando cerca de um centímetro abaixo de cada olho). Com os dois olhos de cima você enxerga quando está claro, e com os dois olhos de baixo você enxerga no escuro.

Quando chegamos no quintal numa ensolarada manhã de primavera, descobrimos um possum (marsupial australiano) morto perto do galinheiro. As crianças ficaram alvoroçadas. Juntos preparamos um ritual bonito pra enterrar o bichinho. As crianças ajudaram a cavar o buraco pra enterrá-lo e cantamos uma música de despedida enquanto tampávamos a pequenina cova. Assim que terminamos, algumas crianças debandaram e outras ainda ficaram por ali, conversando animadamente sobre o possum.  Foi quando a Ines, ao ver o Jackson enterrando a pá com força onde jazia o bichinho, disse:

-Jackson, não faça isso, você vai matar o possum. – E o Jackson respondeu confiante:
-Mas o possum já está morto. – E a Ines, indignada, retrucou:
-Mas se você continuar fazendo isso, o possum vai ficar mais morto.

 No meu último dia de trabalho no jardim de infância em que trabalhei até vir pra Sydney, as crianças fizeram desenhos pra me presentear. Na hora de irem pra casa, uma por uma elas vieram me abraçar. Quando chegou a vez do Terje, ele me abraçou bem apertado e com um sorriso lindo no rosto, disse:

-Karina, eu vou sentir saudades de você cem vezes!!!

Os posts publicados sob o título “Papo de criança é tudo” são frutos do meu contato com crianças nos jardins de infância Waldorf em que trabalho  ou já trabalhei aqui na Austrália. Elas têm de 3 a 5 anos e uma luz linda no coração!

 


A vida em simples cliques #15

No meu aniversário desse ano. com o Fofo Felipe no meu colo. A festinha foi uma delícia, só gente de alma brilhante e muita alegria no ar! Que venham mais e mais anos de vida linda!!! Viva eu!
Comemorando meus 43! “Parabéns pra você” com o doce Felipe no colo pra me ajudar a soprar a vela. A festinha foi uma delícia, só gente de alma brilhante e muita alegria no ar! Que venham mais e mais anos de vida linda!!! Viva eu!

 

Quando fomos ao Brasil ano passado, fiz um workshop de arteterapia com mandalas de lã em Brasília, com a querida amiga e psicóloga Yvanna Gadelha. Amei! Mas a mandala não coube na mala, minha sogra amada teve que despachar depois. Ela está pendurada na parede do meu quarto <3
Quando fomos ao Brasil ano passado, fiz um workshop de arteterapia com mandalas de lã em Brasília, com a amiga e psicóloga Yvanna Gadelha. Amei! Mas a mandala de 60cm de diâmetro não coube na mala, minha sogra teve que despachar pelos Correios. Ela está pendurada na parede do meu quarto  e eu amo o que ela representa.

 

Aí resolvi experimentar tamanhos menores e fiz essa delicadeza de trabalho pra minha amiga Sandra Rosa. Essa mandala tem 20 centímetros de diâmetro. É um super presente e uma verdadeira terapia pra quem faz! Amei o resultado!
Aí quando cheguei em Melbourne, resolvi experimentar tamanhos menores e fiz essa delicadeza de trabalho pra presentear a Sandra Rosa. Essa mandala tem 20 centímetros de diâmetro. É um super presente e uma verdadeira terapia pra quem faz! Amei o resultado!

 

E fiz também esse trio de Olhos de Deus pra Aline..
E fiz também esse trio de Olhos de Deus pra Aline..

 

Eu e minha irmã de alma Aline em dezembro do ano passado fazendo ornamentos de massa de sal e bicarbonato de sódio pra enfeitar os presentes de natal. Amamos o resultado final!
Eu e Aline em dezembro do ano passado fazendo ornamentos de massa de sal e bicarbonato de sódio pra enfeitar os presentes de natal. Amamos o resultado final!

Beleza de alma é totalmente fundamental

Saudades de escrever aqui! Believe me, I miss it, mas tenho andado meio preguiçosa com a arte escrita.Talvez porque desde que eu tive o huge insight da beleza que é viver no agora e venho tentando estar mais presente no momento, meu coração ande escolhendo artes que não envolvam tanto esforço mental. Ou talvez seja também cansaço energético, fruto da enorme limpeza de ultrapassados padrões negativos. Tal limpeza está sendo experienciada por todos nós, caso tenhamos consciência ou não, e é necessária para incorporamos as energias da quinta dimensão na nossa forma física de terceira dimensão. Mas segundo Matt Kahn, e outras fontes de sabedoria espiritual, após 27 de setembro próximo poderemos, enfim, descansar e desfrutar mais. Ufa, não vejo a hora.

Mas apesar de não ter escrito muito, tenho feito outras artes: arte falada, cantada, namorada, cozinhada, dançada, crochetada (a minha mais nova arte), vivida. Viver é uma arte, respirar é arte. E a arte está ligada à estética, é uma tentativa de expressar o mundo material ou imaterial através de algo belo e inspirador. O viver deve, portanto, ser belo. A beleza é linda, necessária e nutre – e aqui refiro-me ao conceito amplo do que é belo, não apenas ao conceito estético.

Quando passamos a viver no agora, a vida fica mais bonita, é inevitável. Passamos a compreender que se a vida é na realidade, e apenas, o momento presente, o incontestável Agora, pra que desperdiçar a vida inteira (que é apenas o momento presente, lembra?) falando uma palavra feia pra fulano? Claro que não, não sou boba e nem bronca, vou falar uma palavra bonita. Vou ficar pensando coisa feia? Óbvio que não, se eu quero que minha vida seja bela, vou pensar só coisas boas. Se vem um pensamento esquisito, olho-o bem nos olhos, expresso o meu amor e respeito – afinal ele é parte de mim; e, como num passe de mágica, ele se transforma num pensamento lindo!

Beleza de alma é totalmente fundamental. A beleza encanta, enquanto a feiúra perturba. Mas aquilo que é feio em nós, nos ajuda a encontrar o que é belo e infinito no nosso ser. Através do desequilíbrio, compreendemos o valor da harmonia. Não há como negar que a beleza externa atrai, afinal o que é belo, belo é, e ponto.  Mas quando a beleza interna, aquela que realmente importa e é infinita e essencial a todos os seres, funde-se com a que os olhos enxergam, a mágica acontece. Pode ser uma pessoa, uma situação, ou uma paisagem:  o entrelace de belezas física e de alma sempre traz aconchego e admiração. A beleza da luz da alma de seres e coisas aformoseia qualquer feiúra, seja essa física ou energética.

E já que estamos falando de coisas belas, vou embelezar meu post com o vídeo da Mallu Magalhães cantando “Velha e Louca”. Estou apaixonada pela música, pela letra e por ela. Ouço vezes seguidas, e canto junto e alto.

Que a gente sempre levante sorrindo ao cambalearmos nesse processo de limpeza energética profunda (que já está chegando ao fim!), e que vejamos o lado bom de tudo. E, claro, muito batom vermelho e rímel, porque mágica também é totalmente fundamental.

Pode falar que eu não ligo

Agora, amigo
Eu tô em outra
Eu tô ficando velha
Eu tô ficando louca

Pode avisar que eu não vou
Oh oh oh
Eu tô na estrada
Eu nunca sei da hora
Eu nunca sei de nada

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom

Pode falar que nem ligo
Agora eu sigo
O meu nariz
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca

Pode falar, não importa
O que tenho de torta
Eu tenho de feliz
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom

Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom


Amém, amém, amém!

 

Sabe quando o corpo inteiro sorri? É assim quando estamos com eles!
Sabe quando o corpo inteiro sorri? É assim quando estamos todos juntos.

 

Diego e Igor são irmãos de carne e de alma. Eles se amam muito, é um amor bonito de se apreciar, é inspirador, instrutivo até. Foi lindo vê-los juntos por essas bandas de cá. E eu, que viajei pela primeira vez com o cunhadinho mais querido do mundo, fui presenteada pela benção de conhecê-lo ainda mais, de nutrir-me do cuidado que naturalmente emana dele. Já a minha irmandade de luz com a Tica, mulher do Igor, foi descoberta nessa viagem linda que todos fizemos juntos. Nós duas já flertávamos com as nossas afinidades, mas a clareza da ligação cósmica mostrou-se então aqui, íntima e serena. Gratidão infinita recebê-los, um presente eterno com gostinho de “precisamos muito mais e de forma constante”. Sonhar é co-criar – pois o recado para o Universo então dado está. No mais, vou deixar as fotos (e a especial compilação de vídeos que eu e o marido mais lindo do mundo fizemos) falarem, pois é difícil exprimir em palavras o que é melhor sentido.


Wilsons Promontory National Park com Kiko e Dani!

2014 não foi mesmo fácil, já desabafei aqui. Mas terminou bonito demais!!! Ainda bem que voltei a mim antes de recebermos nossos amados Kiko e Dani aqui, na melhor cidade do mundo pra se viver! Mas jamais teria sido diferente, o Universo é super hiper perfect! Se você não conhece esse casal especial, inspire-se lendo a linda história de amor deles que contei aqui. Super recomendo.

É a segunda vez que eles vêm nos visitar. É tanta felicidade receber amigos de tão longe. É uma emoção sem fim e tamanho. É uma gratidão imensa abrir nossa casa e nossos corações pra serem inundados de amor. E eles chegaram no dia 24 de dezembro, ainda a tempo de comemorar o natal conosco!

Passamos o natal na casa da Manu e do Dani, foi uma delícia!
Passamos o natal na casa da Manu e do Dani, amigos muito amados, e foi uma delícia!

 

E no dia seguinte rumamos ao Wilsons Promontory National Park, que fica a cerca de 3 horas de carro daqui de Melbourne.

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É um parque nacional maravilhoso, na beira de um mar azul turquesa e de águas límpidas, mas um tanto quanto frias. Não esqueçam que o sul da Austrália recebe correntes marítimas geladérrimas da Antártida – se quiser mar de águas agradáveis, vá para a paradisíaca Byron Bay. Mas as praias do Wilsons Prom são tão lindas, que é impossível não entrar no mar. Como boa canceriana que sou, água pra mim é sempre convidativa, nem que seja pra uma entrada rápida, umas poucas braçadas, pra depois voltar correndo para os braços do Astro Rei, e foi esse o caso. Não consigo não entrar. Lembro-me de um episódio em São Tomé das Letras, sul de Minas Gerais, quando num dia frio de inverno, cheguei numa cachoeira linda após uma caminhada de algumas tantas horas e, apesar da água gelada e do protesto dos amigos, entrei na cachoeira. Meu coração disparou de tanto frio, e eu saí da água rindo da minha teimosia mas orgulhosa da parte de mim que é louca por águas lindas. Na água sinto-me una.


A Austrália é nossa pátria

 

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Dia da Austrália, 26 de janeiro de 2015

Eu e o marido mais lindo do mundo recebemos a cidadania australiana nessa última segunda-feira dia 26 de janeiro, feriado nacional em que comemora-se o Dia da Austrália. Nesse dia comemora-se a chegada na Austrália da primeira frota de navios da Grã-Bretanha cujo objetivo era o estabelecimento de uma colônia penal. O comandante da frota de 11 navios era o Capitão Arthur Philip. É um dia festivo em que há gente fazendo churrasco, tomando cerveja e jogando críquete ou frisbee  na praia, no parque, ou na beira de um rio.

E nesse dia especial, além de “Happy Australia Day”, nós também recebemos vários “Congratulations on your citizenship”!!! A cerimônia de celebração ocorreu no St Kilda Botanical GardensSt-Kilda-Botanical-Gardens, que fica bem pertinho da nossa casa. Compareceram membros do governo a nível municipal, estadual e federal, e também uma representante da nação aborígene. Foi concedida cidadania a cerca de 40 pessoas. Mas houve cerimônias de cidadania em todo o território nacional, e cerca de 16 mil pessoas tornaram-se cidadãs nesse dia. A cada ano cerca de 80 mil estrangeiros obtêm cidadania no país dos cangurus. E a procura só tem crescido.

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Nós e os representantes do governo

A cerimônia foi muito emocionante. Fiquei com um nó na garganta quando o coral cantou “I still call Australia home” que, irônicamente, cita o Rio de Janeiro na primeira estrofe. Eles também cantaram “To her door” do Paul Kelly. A vontade de chorar de alegria também veio quando cantamos o hino nacional da Austrália. E há muitos motivos pra emoção. 7 anos atrás lançamos o nosso sonho ao Universo. E há 5 moramos aqui. Não foi fácil no início. Entender o inglês ininteligível dos australianos, conseguir emprego, adaptarmo-nos à uma cultura diferente, estar longe da família, dos amigos, da segurança emocional da terra natal. Há que se ter muita coragem pra sair da zona de conforto e partir rumo ao desconhecido.

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Mas também desde o início recebemos muito suporte físico e espiritual. Sincronicidade atrás de sincronicidade pra que soubéssemos que estávamos no caminho certo. Pra que jamais duvidássemos que acertamos ao dar ouvidos à inquietação da alma, à avidez de vida nova. Na realidade, hoje vejo que nós não escolhemos a Austrália, ela nos escolheu. Acho que já estava realmente escrito nas estrelas.

Por aqui ficaremos até que nossos corações nos apontem noutra direção. A nossa casa está onde está o nosso coração, e o nosso continua batendo bem forte down under. Obrigada, Austrália, we looove you!!!

ps. pra saber mais sobre como foi o processo de obtenção do visto permanente, leia este post aqui e inspire-se!

 

I still call Australia home, by Peter Allen

I’ve been to cities that never close down
From New York to Rio and old London town
But no matter how far or how wide I roam
I still call Australia home

I’m always traveling, I love being free
And so I keep leaving the sun and the sea
But my heart lies waiting over the foam
I still call Australia home

All the sons and daughters spinning ’round the world
Away from their family and friends
But as the world gets older and colder
It’s good to know where your journey ends

And someday we’ll all be together once more
When all of the ships come back to the shore
I’ll realize something I’ve always known
I still call Australia home

But no matter how far or wide I roam
I still call Australia, I still call Australia, I still call Australia home
But no matter how far or wide I roam
I still call Australia, I still call Australia, I still call Australia home


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