Outono

Não gosto de clima frio, sou bem mais afeita a “médias tendendo a altas” temperaturas. E isso vai representar um grande desafio pra mim, pois o outono apenas começou no hemisfério sul e aqui em Melbourne as temperaturas já caíram drásticamente. No verão chegamos a enfrentar 42 graus (e aí já foi alta demais!) e agora temos tido manhãs e noites com média de 11 graus e tardes com 18 – o que pra mim já seria o limite do aceitável de um clima frio. Mas vem bem mais pela frente, ou melhor, menos. Por enquanto prefiro nem pensar no que será o primeiro inverno da minha vida. Sim, o primeiro, pois sempre que passo na frente das vitrines e vejo botas de camurça com revestimento de lã,  meias de lã, segunda pele de lã e casacos com enchimento de penas de ganso (as quais achei que só enchiam edredons e travesseiros), chego à conclusão que ainda não experimentei inverno na minha vida. Diego não vai sentir tanto quanto eu. É impressionante como meu maridão está sempre quente – e é grandão! Quando eu chego em casa com nariz gelado e mãos mais ainda, corro pro colo dele, e, pequenininha que sou, me envolvo nele  e me esquento rapidinho! Mas já experimentamos o aquecedor e pelo menos dentro de casa estaremos bem quentinhos.

Estamos curtindo muito a paisagem do outono: as copas de algumas árvores já começam a apresentar um festival de cores com o verde transformando-se em vermelho, laranja, amarelo… E agora a noite começa a cair por volta de 6 da tarde, um contraste com o verão, quando os primeiros prenúncios do crepúsculo aconteciam lá pelas 8 e meia. O céu tem sido outro espetáculo, e muitas vezes nos lembra o maravilhoso céu de Brasília. Hoje fomos correr ao entardecer e o céu era uma aquarela cor de rosa, laranja, amarelo e lilás, tendo como moldura as copas das belas e altas árvores do parque onde sempre corremos. Colírio para os olhos da alma…

Nesse último sábado, após 6 dias nublados e bem frios, o Astro Rei resolveu brilhar em todo o seu esplendor! Foi uma delícia acordar com o céu azul, muito límpido, sem nenhuma nuvem, e a temperatura bem mais amena e agradável. O Téo, que para quem não sabe é o nosso primeiro filho, sendo Diego o padrasto e o Kiko, meu grande amigo, o pai, correu logo para o parapeito da janela para curtir os raios de sol, e levou com ele o cristal de quartzo branco, que também andava saudoso de brilhos dourados. Diego aproveitou a onda e foi ler jornal na nossa confortável poltrona achada na rua! Foi uma delícia de manhã.

O outono tem sido lindo e frio, e esse “veranico” inesperado, um alívio para o sangue brasileiro que corre nas nossas veias 🙂

 

 

 

 

Essa simpática árvore fica aqui na nossa rua

Eu gosto tanto do ser que a habita! Como diria meu avô Verdi, é “batuta” o espírito que habita essa árvore. Dá uma olhada na cara dele 🙂

 

Essas são as folhas dela, ainda verdes.

E é assim que elas estão ficando com a chegada do outono!


Minha mãe

Esse último domingo foi um dia feliz demais na minha vida. Liguei pra minha mãe para ter notícias dela e pela primeira vez em muitos anos (mas muitos anos mesmo) a resposta que obtive para a pergunta de sempre “Tá tudo bem mãe?” foi “Tô ótima!!!!!”. Sim, com cinco exclamações, talvez seis ou sete. Antes mesmo de saber o maravilhoso motivo de tanta felicidade eu já fiquei radiante!! Com duas exclamações – não pela falta de contentamento, mas apenas para deixar bem claro e registrado que ELA está vivendo um momento mágico.  E a magia nesse caso é resultado pura e simplesmente dela estar dando ouvidos ao seu eu interior, que há tempos clama por ser ouvido. Há apenas um mês ela decidiu parar de fazer bolos para vender, e começar a fazer arte. Para vender. Mas o “vender” nesse caso não é o verbo principal do fato, é o verbo auxiliar, cuja importância não estou diminuindo, que fique bem claro, pois dinheiro, grana, tutu, dindim é sempre bem-vindo e no caso dela, necessário. O verbo principal do fato? Amar. Mais especificamente amar-se. E a partir daí confiar, permitir-se, ter coragem, acordar potenciais adormecidos, alçar vôos dantes jamais imaginados. A felicidade dela é contagiante, vibrante, até a voz dela rejuvenesceu. Ela contou pro Diego que já perdeu cinco quilos nesse mês de incessante e nutridora produção artística – e eram quilos que também queriam ser perdidos, ah como queriam 🙂 Eu não caibo em mim de felicidade e admiração por você mãe – parabéns! Parabéns por aos 58 anos de idade você estar tendo a coragem de se nutrir, de se amar, de se ouvir e assim mostrar ao mundo (interior, físico, espiritual) que felicidade é atemporal. Eu te amo, muito, e me emociono agora escrevendo essas palavras. Eu tinha medo, mãe, de não poder contar aos meus filhos (os quais estão amorosamente em outra dimensão aguardando o chamado da vida física) sobre as realizações e peripécias da Vovó Clara nesse nosso lindo planetinha azul. Eles também já te amam, mãe, e não vêem a hora de brincarem com você, que tanto ama crianças. Enquanto eu ainda não realizo esse meu tão acalentado sonho de dar à luz novas vidas, continue brincando com a sua criança interior. É ela a fonte de tanta inspiração e criatividade.

 

Eu e ela há uns bons anos atrás, pois ela não permite mais ser fotografada… quem sabe isso não muda?

 

A criança interior dela – linda não?


Flores!

Eu amo flores. Sempre amei. Amo a beleza das cores, os formatos, mas especialmente os perfumes. E tenho uma paixão incrível por rosas. Não consigo passar ao lado de uma sem parar para sentir o perfume. E aqui em Melbourne esse meu hábito está tornando-se um difícil de ser mantido, pois a maioria das casas têm rosas plantadas nos jardins, aí a cada cinco passos já tenho vontade de parar para inebriar minha alma. Sim, é a minha alma que ama o perfume, já percebi isso. O meu nariz é o simples (?!) abençoado veículo que permite que todo o meu ser experimente o mini-êxtase que vem em seguida. Ah, e só funciona se eu fechar meus olhos. É uma delícia!

Outro dia passei em frente a uma casa durante o meu jogging e tive que parar tamanho o encantamento: o jardim da casa tinha rosas vermelhas, amarelas, brancas, alaranjadas,  rosas-bebê e lilases (eu nunca tinha visto rosa lilás, é linda demais)! Uau, virei criança ali naquele jardim. Cheirei váaaaarias rosas e levei um tempo enorme lá, porque cada cor produz um perfume diferente do outro, e para sentir o próximo é sempre necessário esperar um tempo – não sei porque isso, acho que o nariz precisa se recuperar do impacto do êxtase antes de poder experimentar o próximo 🙂  No caminho que faço toda manhã pra ir pra escola tem uma casa que tem um jardim lindo de rosas vermelhas (definitivamente meu perfume predileto entre as rosas). Às vezes estou atrasada pra pegar o ônibus mas não resisto, dou uma cheiradinha rápida e sigo caminhando de olhos fechados curtindo o enlevo. E pra minha grata surpresa uma das roseiras do nosso quintal floresceu essa semana – e a primeira rosa do nosso “primeiro cantinho só nosso” na Austrália a gente nuuuuunca esquece, nunca! Ela é alaranjada, linda, e tem um perfume delicioso.Tirei fotos pra vocês a conhecerem.

Ainda acho que descobrirei alguma outra ligação com rosas, talvez de outras vidas, ou outras dimensões… Em alguns momentos da minha vida já senti um perfume suave mas marcante de rosas ao meu redor, mesmo sem haver rosas físicas ali. O perfume vem sempre acompanhado de uma energia amorosa. Eu fecho os olhos, me deixo envolver e curtir o perfume, e agradeço a visita tão terna e perfumada. E já aconteceu aqui na Austrália.

Abaixo algumas fotos da primeira rosa do nosso quintal e de várias outras rosas e flores que fotografei caminhando pelo nosso quarteirão. Inebriem-se!

A primeira rosa do nosso quintalUm close dela, linda!Ela de novo Diego me fotografou do escritório dele Outras tantas abaixo… Fiquei encantada com a delicadeza da florzinha da lavanda…. fora o cheiro que é m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o


TPM, telepatia e sabedoria

Anteontem cheguei em casa irritada, apesar de estar radiante antes de sair. Nenhum motivo específico mas a concretude da TPM. Diego me percebe demais, sempre sabe tudo o que está acontecendo no meu íntimo, mesmo que ele não saiba a origem. E eu também o percebo muito, nós temos uma ligação energética fantástica, telepática. Nesse dia ele me olha e pergunta “Tudo bem?”. Eu irritada respondo “Tudo.”. Mas ele já sabe que nada está bem mas respeita o meu tempo, como sempre. Eu ainda escolho continuar irritada por mais uns cinco minutos mas me canso – a energia da raiva é pesada demais. Vou até ele pedir ajuda,  mas nem  preciso dizer nada, pois ele já me oferece o colo. Eu aceito correndo, me aninho qual criança nesse colo sempre acolhedor, e a frase “Não tô bem não, amor” foi o que eu precisei  para abrir as comportas da energia negativa represada. Que alívio! Chorei e chorei. E ele me acolheu, me deu amor. Depois trocamos palavras de admiração mútua, eu o agradeci, e levantei de lá mais radiante que antes!! Sabedoria é também isso: quando escorregarmos para o nosso lado negativo, optar por ficar lá o mínimo possível. Eu escolhi 5 minutos. E venho praticando isso, sair o mais rápido possível do buraco, quando caio em algum…

 


Receita do pão-de-queijo

Amados e amadas, a pedidos, segue a receita do pão-de-queijo. Os créditos são da Maria de Brasília que me passou a receita! Valeu Maria, olha só o sucesso da sua receita 🙂

Vamos lá:

Antes de qualquer coisa, liguem o forno, pois este tem que estar beeem quente pra assar os pdq’s maravilhosos que vocês vão fazer! uhuuuuu!

INGREDIENTES

4 COPOS DE POLVILHO
2COPOS DE LEITE
1 COPO DE ÓLEO
2 COPOS DE QUEIJO
5 A 6 OVOS
SAL A GOSTO

MODO DE FAZER

  1. COLOQUE PARA FERVER O ÓLEO E O LEITE (eu coloquei também o sal pra ferver, apesar da Maria sugerir colocar o sal só ao final da receita; medi cerca de uma colher de chá de sal para cada copo de polvilho)
  2. ESCALDE O POLVILHO COM O ÓLEO E O LEITE FERVENDO (assim que ferver, pode desligar o fogo e em seguida colocar o polvilho na panela e mexer bem; vai ficar uma coisa grudenta, com aquela liga do pão de queijo sabe)
  3. DEPOIS DE FRIO COLOQUE OS OVOS E AMASSE BEM (amassar bem mesmo, com as mãos, e não se preocupem se grudar rsrs; eu usei 5 ovos e juro que não sei a diferença caso eu tivesse usado 6… se alguém souber, nos conte – Mariaaaaaaa, qual a diferença?)
  4. E POR ÚLTIMO O QUEIJO (vocês que estão aí no Brasil, usem nosso maravilhoso queijo minas meia cura ralado; eu aqui usei um queijo de parmesão de qualidade, não esses de saquinho que fingem ser parmesão, e ficou maravilhoso! misturem bem o queijo para não correr risco de ficar alguma porção da massa sem queijo, e provem o sal só por garantia; untem as mãos com um pouquinho de óleo e façam as bolinhas 🙂
  5. ASSE EM FORNO BEM QUENTE (em temperatura média; vai levar cerca de 30 minutos; e o ponto a gente sabe melhor que ninguém, bem douradinho…. nham nham!)

Sucesso gente!!

Depois me contem 🙂

 

Beijos!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

 


Pura felicidade!

Pessoas queridas, obrigada! Nossa, tô tão feliz, tão, tão, tãaaao!!!! Receber retorno de amigos queridos elogiando o blog, a delicadeza das palavras, a beleza das fotos, a “proximidade” dos videos, e principalmente a emoção que em alguns minhas palavras despertaram, é um presente maravilhoso, nutridor, prazeroso. Muito obrigada. Quero agradecer também aos amigos queridos que me deram a idéia de escrever o blog: está sendo um inusitado presente pra mim, estou desmesuradamente feliz! Agora tudo o que vejo, faço, penso, sonho, planejo já penso em registrar no blog. Tá sendo uma delícia! Obrigada mesmo, e esse agradecimento vem do meu coração e da minha alminha linda e em evolução: sintam meu amor por vocês!

Obrigada também pelos comentários – vou respondê-los nos próprios posts.

Beijos muitos <3

 

 


Café da manhã especial para o meu amor

Ontem acordei meu amor com uma surpresa: segunda leva de pão-de-queijo! Ele amou e eu mais ainda, pois adoro cozinhar e mais ainda para ele, que ama tudo o que eu faço, elogia e come até falar chega 🙂 E eu estou encantada com a facilidade que é fazer pão-de-queijo, super simples e rápido. É incrível como eu nunca nem pensei em fazer no Brasil e vim aprender aqui na Austrália…

 

Pão-de-queijo delícia, café expresso magnífico, leite no vapor (que meu amor aprendeu a fazer na máquina de café expresso), geléia, queijo, peito de peru, flores do jardim e muuuuuuuuuuuuuuuito amor!

 


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