Biografia da minha avó querida

Um das matérias que estou estudando na escola é o estudo das fases de desenvolvimento do ser humano segundo Rudolf Steiner. Assim como as estações marcam o ritmo do planeta, a cada sete anos começam novos ciclos em nossas vidas e eles trazem desafios especiais. Cada ciclo de sete anos é denominado setênio. É um assunto envolvente e estou simplesmente encantada com o pouco que já aprendi até agora. Tivemos que aplicar o conhecimento adquirido nesse primeiro bimestre  à biografia de alguma personalidade que admiramos. Eu escolhi minha avó materna, Maria Zulmira de Carvalho, mais conhecida como Mirinha. Amo muito a minha vozinha querida. Ela me ajudou muito, me apoiando incondicionalmente em vários momentos difíceis da minha vida, acreditando e incentivando meus potenciais, e celebrando alegremente as minhas vitórias. Se hoje estou aqui na Austrália, adquirindo novos conhecimentos, também devo a ela, que me colocou na aula de inglês quando eu tinha 8 anos de idade, porque ela achava que era muito importante o aprendizado dessa lingua. Para mim não foi apenas importante, mas sim fundamental na realização do meu sonho profissional.

Para fazer o trabalho eu precisava conhecer mais detalhes sobre a vida dela e principalmente a idade em que os principais acontecimentos da sua vida se deram. Ela prontamente se dispôs a ajudar, cheia de vitalidade como sempre. Mandei algumas perguntas para serem respondidas por ela através do e-mail da minha tia Liana. Algumas semanas após, para minha surpresa e felicidade, recebo uma linda biografia muito bem escrita por ela. Foi emocionante. Eu já a admirava muito e passei a admirá-la ainda mais. Ela sempre foi uma mulher de vários talentos artísticos: pinta, borda, escreve poesias, cozinha maravilhosamente bem. Foi esposa e mãe dedicada. Uma avó incomparável, calorosa. É uma mulher lúcida, alegre, amável e incansável. Muito inteligente e ávida por conhecimento. Teve dolorosas perdas na vida, sendo uma delas muito recente: no fim do ano passado perdeu um filho, meu querido Tio Xisto. Ela sofreu muito mas está bem, provavelmente  experimentando a força e a sabedoria de quem  já viveu 78 anos e que sabe que um dia reencontrará seu filho, e que até lá ainda há alegrias a serem vividas,  alvoradas a serem apreciadas, filhos, netos e bisnetos com quem rir (e chorar, se preciso for), outras surpresas a serem descobertas. Sempre que penso nela (o que faço constantemente),  vejo uma linda e colorida borboleta polinizando amor, luz e calor por toda parte! Te amo vó, muito, pra sempre e além do infinito 🙂 Obrigada por tão lindo e nutridor amor.

 

 

 

Eu e ela


2 Comments

  1. Lili

    Amei absolutamente TUDO que vc escreveu!!NAMASTE!!!
    Te amooooo

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  2. Nina

    Namastê. Também te amo muito, amiga linda e querida! Saudades…

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